quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

CHAPÉUS NA RIBALTA

Chapéus de feltro ou veludo de lã com fitas lisas ou entrançadas
e um toque masculino, Inverno 2011


"Floppy Hat": uma copa onde encaixa toda a cabeça, abas largas, maleáveis
Tornou-se um símbolo de "status" Verão 2011




Panamás brancos e beges com fita preta e um chapéu, tipo Fedora, com fita amarela, Verão 2011


SABIAM que há um importante Museu da Chapelaria em São João da Madeira?
Sabiam que a Fepsa, também em São João da Madeira, é uma importante fábrica de feltro para fabrico dos chapéus masculinos, com um forte índice de exportação para Europa e América do Norte?
Sabiam que as dezenas de chapéus que vão poder ser vistos no filme “Inimigos Públicos”, com Johnny Depp e Christian Bale, foram fabricados com feltro português? No filme foram usados cerca de 80 chapéus cujo feltro foi produzido na empresa Fepsa.
A concepção dos chapéus foi da responsabilidade da "Optimo Hats", uma firma de Chicago especializada em recriar modelos idênticos aos usados nos anos 30 e 40. Para o chapéu do Johnny Depp criámos especificamente o feltro "50X Black Rubby", que é de uma qualidade muito boa, de topo, num vermelho muito escuro, quase preto”, afirmou à Agência Lusa Ricardo Figueiredo, representante da empresa portuguesa.
Na sua encomenda à Fepsa, o designer Graham Thompson, escolheu “apenas feltro da mais alta qualidade de castor”, que aplicou depois em chapéus "Fedora".
Associamos, normalmente, São João da Madeira aos sapatos, à Sanjo,  e afinal há muito mais para ver e saber...
Sabia do dinamismo desta Câmara, tanto nas áreas cultural, social, industrial ... o que é sempre motivo de regozijo, neste Portugal, em que nem todas as autarquias se podem gabar do mesmo, mas só soube da
existência do Museu quando, em Novembro passado, fui convidada pelo Professor Eduardo Paz Barroso, Comissário para o Ciclo de Colóquios no Museu: "Um Chapéu Pode Cobrir Muitas Ideias",  para proferir uma conferência sobre o "Chapéu na Moda".
Veio isto à baila porque estou na fase de pesquisa para preparar a minha intervenção que terá lugar no fim de Janeiro.
Embora saiba e veja que o chapéu está cada vez mais presente nos desfiles internacionais e nacionais, é um acessório que - se nos anos 20; 30; 40 e até 50 era indispensável na toilette de uma senhora de classe média/alta ou alta - hoje, é praticamente, usado apenas como abrigo, no Inverno, como protector do Sol, no Verão, ou então nos casamentos que se efectuem durante a luz do dia e quando a Mãe da noiva use chapéu, já que é  ela que dita  o uso ou não do mesmo. Claro que é obrigatório nalgumas  cerimónias oficiais de Estado, principalmente nos Estados monárquicos, nas celebérrimas corridas de Ascot e noutras situações específicas.
Fez-me sorrir ler num blogue o gosto que as mulheres brasileiras têm pelo chapéu. Elas querem usar chapéu, como na Europa já se usou e espero volte a usar-se.
No Sul do Brasil as temperaturas permitem-no mas no resto do Brasil só o panamá ou um chapéu muito leve como protector do Sol intenso. Mesmo assim elas desejariam não ser olhadas de esguelha, quando saem à rua de chapéu, ter chapelarias para os adquirir (nem que sejam on-line,  embora aí se deparem com problemas como tamanhos, materiais, não poder provar, etc.). Pelos comentários que li o que elas verdadeiramente gostavam era de ter modistas de chapéus para os fazer à medida e não um "prêt-à porter" numa qualquer loja on-line.
Se é preciso saber usar chapéu e escolher aquele que lhe vai bem porque nem toda a gente "aguenta" qualquer tipo de chapéu, a realidade é que o chapéu está na moda e, neste Inverno, é um "must" para quem queira primar pela elegância.

Sem comentários:

Enviar um comentário